Planta Símbolo
Loudetiopsis chrysothrix (Nees) Conert
Brinco-de-princesa
A espécie Loudetiopsis chrysothrix (Nees) Conert, descrita em 1957, é popularmente conhecida como capim brinco-de-princesa e chama atenção pela coloração dourada e aparência de suas inflorescências. Faz parte da família Poaceae, que é a principal em termos de abundância no Cerrado, sendo uma das mais ricas em espécies. É uma planta nativa não endêmica do Brasil, sendo amplamente distribuída no Cerrado, com muitos registros de coleta na Bolívia, Paraguai e alguns poucos no continente africano no Togo, Burkina Faso, Benin, Guiné, Serra Leoa, República Africana Central, Nigéria, Gana. Recentemente, esse capim tem recebido atenção devido ao seu uso pioneiro no paisagismo. É a espécie- símbolo do primeiro jardim naturalista de Cerrado do mundo, o Jardim Louise Ribeiro (JLR), localizado na Universidade de Brasília (UnB) e, a partir de então, já vem sendo amplamente introduzida em novos projetos e jardins. O Jardim, por sua vez, é símbolo de resistência, tanto à violência contra a mulher como à degradação do Cerrado, bioma fortemente ameaçado e que atualmente contém aproximadamente apenas metade da sua vegetação original. Loudetiopsis chrysothrix também tem uso eficiente na restauração ecológica, uma vez que apresenta bons resultados de estabelecimento. A abordagem visando a restauração e conservação é essencial, visto que o Cerrado é um bioma fortemente ameaçado, do qual atualmente restam aproximadamente metade da sua vegetação original. Ele é representado significativamente pelo estrato herbáceo-arbustivo, especialmente por capins. Entretanto, essa parcela da flora nativa é comumente desconhecida e desestimada pela população geral. A atenção atribuída ao capim brinco-de-princesa deve ser estimulada, devido ao seu potencial de aproximar a comunidade de uma importante parcela do bioma Cerrado, e logo propulsionar sua valorização e preservação.